segunda-feira, 30 de junho de 2008

Intervenção!






Completando os ensaios sobre a interatividade aliada à arquitetura, a Intervenção propiciou a oportunidade de apropriação de algum espaço da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFMG para a aplicação dos conceitos vistos até então, visando a construção de um ambiente arquitetônico interativo. A escolha de locais subutilizados, uso de recursos eletrônicos, a virtualização como defendida por Pierre Lévy, além da premissa de que toda arquitetura deve propiciar um maior contato entre as pessoas, foram pré-requisitos que comandaram todas as idéias surgidas, mas que não chegaram a comprometer a criatividade e o senso crítico característico do 1º período.

Escolheu-se a sala de bombeamento d’água por seu isolamento, que proporcionaria liberdade para execução sem comprometer a rotina da escola, e pelas características únicas do lugar, garantia de um projeto exclusivo e inovador. Seu aspecto estava bastante degradado: paredes descascando e sem pintura, fios e tubulação aparentes, ladrilhos do chão quebrados, marcas de ferrugem pelo tanque, azulejos extremamente manchados. Outro aspecto a ser ressaltado, é o fato das telhas serem de amianto, material que, ao ser inalado, pode ser cancerígeno, reforçando ainda mais o caráter de aviltamento do sítio.

O conceito de continuidade foi uma constante no trabalho. Valendo-se de todos os elementos constituintes do espaço e das funções que desempenhavam, procurou-se salientar ao extremo suas características. Com isso, o projeto idealizado não concorreria com as particularidades inerentes ao ambiente, criando uma extensão espacial contígua e linear, e que ao mesmo tempo fosse desconcertante e questionadora. Evocar este espírito de estranhamento nas pessoas foi, justamente, o objetivo inicial: pode-se fazer uma arquitetura bela apostando em elementos estruturais que, a priori, são degradantes e pouco acolhedores? Esta contestação justifica a demanda de um enorme volume de fios e dutos hidráulicos, que transmitem a sensação de uma produção constante que jamais obtém uma satisfação absoluta, demonstrando a consciência de não ter ainda atingido a maturidade e a sua completa formação e de uma busca incessante por uma nova concepção arquitetônica.

Com o mesmo intuito, o microfone vem oferecer uma nova percepção espaço-temporal. Todos os ruídos do local, que muitas vezes passam despercebidos, agora seriam marcantes e perturbadores. Aliado ao plástico bolha, esse efeito tornar-se-ia mais evidente.

O reservatório de água compõe o destaque da sala. Portanto, uma preocupação era estabelecer o dialogo com o restante, além de preservar sua conexão com tudo o que é fluido. Para tanto, buscou-se reproduzir a água através da luz azul, dispersando por todo o sítio.

Para que o usuário tivesse o total controle, concentraram-se todos os dispositivos de interação no quadro de chaves, aproveitando que este já desempenhava tal encargo. Iluminado por uma luz vermelha, ele transmitiria um sentimento de alerta e tensão em quem o usufruísse.

Interferência




Durante a Semana do Lagear, foi-nos proposto uma interferência em algum espaço da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFMG. Conjuntamente com estudantes dos cursos de Arquitetura e Design de Interiores da Universidade Federal de Uberlândia, que visitavam Belo Horizonte àquela data, teríamos que utilizar todo nosso conhecimento em recursos eletro-eletrônicos para através destes elevar o nível de interação entre os alunos e a escola. Meu grupo estabeleceu-se na escada interna do pavilhão principal, especificamente no segundo andar, para realizar o que foi demandado. O local era composto apenas de um patamar onde se localizava uma porta que dava acesso à biblioteca, porém estava sem uso e trancada. Ou seja, o espaço não oferecia outro caminho aos usuários senão o de subir ou o de descer; o local servia apenas de passagem. Tirando partido desta função de travessia desempenhada pela escada, resolvemos fazer um mapeamento do fluxo das pessoas que transitavam ali.
Para tanto, utilizamos de uma tinta especial que brilha à luz negra e é invisível à luz normal. Inicialmente, o espaço estaria iluminada por uma lâmpada comum incandescente; quem subisse pela escada, pisaria em um tecido embebido nessa tinta especial, manchando a sola de seu sapato. Desta forma, ao chegar ao patamar, ela deixaria suas pegadas pelo chão, apesar de não serem ainda visíveis. A pessoa, permanecendo em sua subida, pisaria num degrau falso, onde acionaria dois pull-ups (um que desliga a luz incandescente e o outro que liga a luz negra), tornando suas pegadas, assim como a dos demais transeuntes, evidentes.
Foi uma excelente atividade para trabalharmos em equipe e empregarmos os apratos eletro-eletrônicos em espaços arquitetônicos.

Mapeamento Praça 7



Os professores da disciplina de informática demandaram um mapeamento de alguma grande praça de Belo Horizonte através de um panorama. No meu trabalho, mapeei a Praça Sete de Setembro (Praça 7), atendo-me no fluxo e nos ruídos do local.
Para representar o fluxo de pedestres, utilizei sinalizações iguais as de autovias. Porém estas são confusas e distorcidas, pois o percurso dos transeuntes não é linear ou constante, pelo constrário, são tortuosos e cheios de desvios gerados pela infinidade de percursos que estes realizam e ao grande número de obstáculo que têm de contornar. Já para o fluxo de veículos, retratei de forma mais simbólica: as avenidas que cortam-na exibem raios de luz que figuram o dinamismo e a velocidade dos carros que por ali passam.
Os ruídos sonoros estão evidenciados pela perturbação em diversos pontos nos quais o movimento de automóveis e/ou de pessoas é maior. Considerei que a luz intensa também seria um ruído; portanto, saturei as cores do panorama para criar um ambiente onde a luz perturbasse quem o observa, chegando, até mesmo, a ofuscar sua visão.
Além disso, salientei os elementos de referência do sítio, que são o obelisco central (Pirulito), além dos enormes prédios de diversos estilos arquitetônicos que circunscrevem a praça.

Objeto interativo (e eletrônico!)







A proposta da vez consistia em criarmos um objeto interativo que tivesse algum aparato eletrônico. Minha idéia inicial foi brincar com projeções e sombras; para tanto, utilizei-me de um facho de luz e de um anteparo para evocar nos usuários um espírito lúdico, incentivando-os a experimentar novas formas sob a luz.
Meu objeto constituía-se de uma caixa (dimensões: 100, 50, 15 cm) dentro da qual se localizava o circuito eletrônico, composto por uma lâmpada dicróica ligada a um sensor de presença. Utilizei uma folha de papel manteiga no formato A2 como anteparo, formando uma espécie de cúpula onde se projetava a imagem. O conjunto formava uma interessante solução espacial que propiciava um bom aproveitamento do mesmo: a pessoa, ao posicionar as mãos no vão formado pela caixa e a folha de papel, acionava o sensor o qual, por sua vez, ligava o circuito da lâmpada, originando o facho necessário para o surgimento de sombras. A virtualidade do objeto encontrava-se, justamente, na ausência de uma função específica; quem o usufrui tem a liberdade de aproveitar a luz da forma que melhor lhe atender. Apesar de haver indícios do modo de utilização (figuras que ensinam a criar imagens através da sombra das mãos), nada impede que ele seja usado, por exemplo, como luminária.
Este exercício contribuiu para um primeiro estudo de aproveitamento espacial, além de nos introduzir aos equipamentos eletro-eletrônicos e sua aplicação para acentuar a interação entre o homem e suas construções.

domingo, 25 de maio de 2008

Oi Futuro






O Oi Futuro preza pela interatividade. Tanto o espaço de convivência quanto o Museu das Telecomunicações foram projetados visando a maior interação possível entre o local e o usuário. Para tanto, foram utilizados diversos recursos tecnológicos para assegurar a automação de todo o ambiente e aumentar a autonomia do visitante. Isso tudo garante uma liberdade que não se encontra nos museus convencionais. Não há nenhum itinerário pré-estabelecido o qual o espectador tenha que cumprir à risca; pelo contrário, ele pode escolher as informações à sua curiosidade, mesmo que isto corrompa com o tempo cronológico dos vídeos. Contando ainda com a arquitetura criativa e contemporânea de Gringo Cardia, o Oi Futuro é, sem dúvida, um espaço que subverte com os padrões atuais e vem a indicar um novo conceito arquitetônico!

sábado, 17 de maio de 2008

Visita ao Inhotim










O Inhotim é um centro de arte contemporânea situado em Brumadinho, Minas Gerais, em que a arte se integra à natureza exuberante do local. São cerca de 300 obras de mais de 60 artistas internacionalmente reconhecidos, entre os quais destacam-se Amilcar de Castro, Cildo Meireles, Doris Salcedo, Hélio Oiticica, Janet Cardiff, Matthew Barney, Paul McCarthy, Tunga e Vid Muniz. Os trabalhos vão desde pintura, passando pela escultura, desenho, fotografia, vídeo e instalações, que se distribuem por galerias ou pelos jardins. Parte destes, inclusive, foi projetado por Burle Marx.
É muito prazeroso vagar pelos pavilhões e contemplar a diversidade das obras expostas. A infra-estrutura do local proporciona as condições ideais para uma boa interpretação das mesmas; cada ambiente foi projetado para atender a demanda de um trabalho determinado.
Há, também, um grande compromisso com o meio-ambiente. Dos 1.200 ha de área total, 400 ha são de mata nativa preservada. Nos jardins, são mais de 1400 espécies da flora, uma das maiores coleções do Brasil.
Tudo isso faz do Inhotim um local único e referência em termos de museu de arte contemporânea!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Neste segundo trabalho no SketchUp, foi-nos pedido que modelássemos a sensação ao analisarmos algum material do site FILE - Electronic Language International Festival.
A obra que escolhi se chama "After Image", de autoria de Sjaak de Jong, e consiste em um CD de áudio no qual há sete improvisações representando as sete cores do espectro. As primeiras improvisações são eletronicamente editadas e processadas de diversas maneiras. É incrível como se consegue reproduzir as perturbações da luz através de ondas sonoras e como é intuitivo esta associação. Pelo fato de não haver nenhuma imagem, o sentido da audição é aguçado, sendo possível ao expectador identificar com clareza a intenção de Sjaak de Jong.
Em meu trabalho, tentei provocar a mesma sensação da dedução de cores através de pequenos encalços, porém explorando imagens comuns do cotidiano.
Foi um ótimo trabalho de abstração!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Modelando sensações


Este foi o primeiro trabalho realizado no SketchUp. Foi pedido que modelasse a minha sensação quando visitando o Museu de Telecomunicações/ Espaço Oi Futuro. Apesar de abstrato, este trabalho foi proveitoso por introduzir-nos aos comandos do software.
Partindo da premissa de que uma sensação é algo fantasioso e não palpável, tentei criar algo que fosse o mais disforme possível, fugindo de qualquer alusão a qualquer coisa existente. Para tanto, dei forma a um cone deturpado e com o eixo principal não perpendicular à sua base, o qual serve de suporte para uma esfera. Adentrando nesta, encontra-se outra forma de linhas descomunais em cujas faces estão estampadas diversas fotos do museu e representam todas as imagens que ficaram registradas em meu subconsciente. Penetrando ainda mais, chega-se à uma câmara escura com uma imagem de feto ao centro. Esta é, inclusive, a mensagem principal do museu: apesar de todos os recursos, as tecnologias são incapazes de suprir nossa essência humana. Então, toda evolução tecnológica é respaldo ao nosso próprio desenvolvimento, o qual se inicia antes mesmo de nacermos, e só terá validade se for destinado a este fim.
Tudo forma um conjunto de dinâmica espaço temporal bem interessante graças à oposição entre a esfera e a aresta do cone sobre a qual ela se apóia. A bola parece instável e em iminência de entrar em movimento. É como se imagem fosse uma cena momentânea de um deslocamento que já imaginamos como se iniciou e que podemos prever como se findará; é um instante infinito, um presente eterno ao qual somos impotentes. No museu temos a mesma sensação: como temos total liberdade, inclusive a de não seguirmos a sequência cronológica dos vídeos sobre a história das telecomunicações, e estamos imersos em meio a realidades que não nos pertence mais, ficamos perturbados em relação à lógica temporal (passado, presente e futuro) e espacial (aqui/agora, lá/depois); perturbação que provoca a acentuação de nossa sensibilidade. Portanto, é impossível ficar indiferente ao Espaço Oi Futuro!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Panorama - Massimiliano Fuksas


Panorama realizado para destacar a obra do arquiteto italiano Massimiliano Fuksas.
Todas as imagens são da Feira de Exposições de Milão, obra de sua autoria, que refletem bem o espírito de ousadia de Fuksas. É impressionante como ele consegue projetar uma estrutura fixa porém que possui uma idéia de movimento tão marcante. Esta dinâmica é alcançada através de uma armação composta de diversos losangos, os quais são revestidos de duplas lâminas de vidro, e de um eficiente sistema de drenagem, impedindo que água se acumule em dias de chuva nas áreas côncovas.
É um brilhante trabalho!

30x30x30



Este trabalho da disciplina de Plástica e Expressão Gráfica consistia em representarmos, em um objeto de medidas que não ultrapassassem as dimensões de 30x30x30, a resposta que a arquitetura dá aos usuários e propor meios de acentuar interatividade.

No meu objeto, busquei sintetizar a relação particular a qual estabelecemos com nossos quartos, interação esta determinada por uma codificação espaço temporal que somente o usuário consegue decifrar.
Também problematizei o caráter público e/ou privado deste ambiente: é usualmente utilizado por um indivíduo ou grupo determinado, onde este pode expressar toda sua individualidade, que o caracteriza como domínio privado; entretanto, também sofre as influências dos demais moradores e repartições da residência, especialmente quando o usuário não se encontra presente, indicando um uso público.
Então seriam nossos quartos um mínimo de público num máximo de privado?!

terça-feira, 15 de abril de 2008

Visita ao Museu de Arte da Pampulha






Estas imagens valem por mil palavras...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Gringo Cardia: de todas as tribos



A visita à exposição "Gringo Cardia: de todas as tribos" foi muito proveitosa. Ao analisar a retorspectiva de toda a obra deste artista pode-se ampliar a visão que se tem da arquitetura, pois ela esta presente tanto em um palco gigantesco para um show de música quanto em uma simples capa de CD.

O artista possui um estilo muito próprio, apesar de eclético, que valoriza, principalmente, os volumes e cores das formas que cria. Ele tem a sensibilidade necessária para profetar, de forma funcional, a mais pura arte. Não por acaso, ele é considerado um ícone no quesito cenografia. Sua obra é bastante ampla e diversa, permeando também as artes gráficas, direção de arte, direção de videoclipes, de teatro e desfiles de moda.

Seu trabalho deve servir de inspiração para todos os arquitetos já que propõe uma visão mais humanística para arquitetura, visão esta que tem sido negligenciada em nome da padronização e da demanda do mercado.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Trabalho de Informática - Photoshop 3



Mais uma vez o despragmatismo das obras arquitetônicas foi tema de mais um trabalho da disciplina de Informática. Porém, agora não estávamos mais restritos ao embiente da Escola de Arquitetura e Urbanismo. Tínhamos este mundo inteiro para refletirmos sobre a utilização virtual do espaço, como muito bem sustentaria Ana Paula Baltazar.

Partindo deste conceito, aliado às novas idéias adquiridas através da leitura do livro Lições de Arquitetura (Herman Hertzberger), decidi que iria fazer uma abordagem sobre o embate entre o espaço público e privado. Especificamente, as apropriações que transformam o espaços coletivos em individualizados.


Para tanto, trago à tona um problema comum à maioria dos grandes centros urbanos: a tensão entre o viandante motor e o motorizado. Antecipadamente, é necessário definir a diferença entre estes dois tipos de tanseuntes: o motor é aquele que se desloca por seu próprio esforço físico, trabalho motor, enquanto que o motorizado o faz com o auxílio de um meio de transporte, autos acionados por um motor à explosão. É notório que os viandantes motores necessitam de mais segurança e facilidades locomotivas, do mesmo modo que os motorizados dependem de melhor infra-estrutura viária e espaço, gerando um choque de conveniências. Portanto é estritamente importante a delimitação desses dois espaços de forma a harmonizar esta disputa.

As vias de transporte exigem planejamento que vise às necessidades da comunidade como um todo, isento de qualquer interesse particular ou discriminação. Entretanto, este caráter coletivo é ameaçado pelo modo de uso de integrantes da própria comunidade, os quais se apropriam destes espaços para finalidades específicas e individuais. Isto é demonstrado na fotografia do meu trabalho, em que as funções pré determinadas dos espaços são corrompidas: carros apoderam-se de calçadas (as quais são destinadas aos pedestres), enquanto estes últimos são obrigados a ocupar as ruas (projetadas para automóveis e demais máquinas motoras). Paradoxalmente, os motores tomam o espaço dos motorizados, e estes tomam os dos primeiros.

Outro agravante são as consequências desiguais geradas. Os pedestres estarão sempre em desvantagem, já que os automóveis irão sempre se aproveitar de seu maior poder físico para assegurar para si o uso tanto de ruas quanto de passeios públicos. As calçadas sofrem, então, um processo de desnaturalização tão intenso que ficam em iminência do colapso: o que foi concebido para acomodar e proteger caminhantes, passa agora a repeli-los, expulsá-los, desgrarnecê-los de todo o aparato de que precisam para locomover-se. É a desconstrução da Arquitetura!



*Comentando os processos de modificação da imagem: como queria dar enfoque ao espaço público da foto (a rua e a calçada), desfoquei e descolori o ambiente privado (as fachadas das residências). As cores foram abrandadas para ressaltar a arquitetura amorfa da imagem. Também acrescentei um pedestre a caminhar pela rua vazia, gerando, assim, um paradoxo. Realcei o meio-fio de um tom de vermelho bem estridente já que este é essencial na demarcação do espaço comunitário e individual. Porém, utilizei um traçado com algumas falhas para aludir a uma subversão desta diferença, como se o sítio buscasse um novo ajuste espacial.

domingo, 23 de março de 2008

Trabalho de Informática - Photoshop 2



O trabalho proposto pelos professores de Informática tinha por objetivo inserir-nos às ferramentas de modificação de imagens do Photoshop. Consistia em avaliarmos algum espaço, dentro das dependências da Escola de Arquitetura e Urbanismo, que não cumprisse com sua função a qual foi projetado para, posteriormente, modificá-lo utilizando o software em questão.

Em minha alteração, utilizei uma imagem da garagem da escola que, como percebe-se, é utilizado como um depósito. O mais irônico na fotografia é a presença de um carro, do lado de fora, barrado por uma grade de ocupar o lugar que, teoricamente, seria de direito seu. Focando-me nisto, ordenei minhas mudanças.

Queria dar mais destaque à bagunça que está entulhada e no paradoxo do carro sendo impedido de entrar. Para tanto, realcei as cores destas figuras de forma a torná-las subversivas e desconcrtantes, chegando até mesmo a incomodar quem vê. O restante descolori para que não competisse com o realçado. No mais, cobri algumas manchas e entulhos que deixavam a foto com aparência degradante.

Acredito que tenha alcançado meu objetivo.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Trabalho de Informática - Análise crítica do texto de Ana Paula Baltazar

POR UMA ARQUITETURA VIRTUAL: UMA CRÍTICA DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS

O texto de Ana Paula Baltazar atém-se na discussão de dois conceitos que são erroneamente utilizados na atualidade: o virtual e o digital, onde o primeiro representaria o universo relativístico, facultacional, enquanto o segundo figura-se como o mundo potencial, cultivável. Apesar de diferentes, eles não chegam a ser antônimos, sendo passível, inclusive, de uma cooperação entre eles. Portanto, tudo o que há, incluindo a arquitetura, é composto do embate entre estas duas idéias: o errante e o etéreo, o evento e a substância. Estes dois últimos conceitos também são introduzidos pela autora.

Após este início introdutório, Ana Paula Baltazar propõe que os programas computacionais utilizados durante o processo de construção arquitetônica pecam justamente por desconsiderar o evento, restringindo a utilização dos espaços aos padrões definidos a priori. Desta forma, a arquitetura perde todo o seu lado humanístico e passa a atender somente à demanda inflexível.

Como alternativa a esta série de eventos, a mentora da obra sustenta sua tese de "projetos virtuais", os quais consistiriam em propiciar liberdades projetivas à arquitetura. Esta nova abstração de "liberdades", apesar de não ser bem definida pela autora, pode ser compreendida como o processo temporal de apropriação do espaço, adimitindo-se a evolução arquitetônica conforme as necessidades da função e da forma.

Ana Paula ainda infere, brilhantemente, que esta inovação virtual poderia ser facilitada pelo uso das ferramentas informatizadas, explorando, de forma adequada, a precisão, facilidade e agilidade destas. Pode-se concluir, para tanto, que a relação entre substância e evento não é de exclusão ou ruptura, mas de auxílio mútuo.

Pode-se elucidar, por fim, que o desenvolvimento da arquitetura depende da capacidade criativa na utilização dos recursos que a computação gráfica oferece para despragmatizar a substância e inovar o evento.

3xn

Extasiado!

Assim estou me sentindo após visitar o site 3xn.dk . Nele é possível encontrar diversos trabalhos incríveis que levam sua assinatura, com lindíssimas fotos, descrições, informações acerca do processo projetivo e construtivo, além de informações técnicas. O site é muito bem feito, com bonito layout, afora os comandos fáceis e intuitivos que facilitam a interatividade.

As obras são igualmente belas. Percebe-se, nitidamente, a preocupação dos arquitetos em projetar ambientes que cumpram suas funções de forma prática, apostando, para tanto, em materais claros e translúcidos, com evidente valorização do visual limpo. Outras características tamém são comuns às obras do estúdio, tais como grandes fachadas completamente envidraçadas, utilização do vermelho em parte do mobiliário para contrastar com as paredes preferencialmente brancas, preocupação paisagística com valorização do verde nos espaços externos, além da eficiente iluminação.

Este site, portanto, contribui bastante para o processo de aprendizagem de futuros arquitetos por aproximar um qualificado conteúdo técnico e artístico da arquitetura ao apreciador leigo.

domingo, 16 de março de 2008

Trabalho de Informática - Photoshop

Todas as alterações feitas na foto tiveram a intenção de evidenciar os pontos que almejávamos demontrar através de nossa performance. Primeiramente, mudei as cores das imagens em gesso que eram o principal objeto de nossa atuação. Inicialmente brancas, bem como as paredes, utilizei-me do vermelho para destacá-las do restante do ambiente. Posteriormente, evidenciei as pessoas do meu grupo juntamente com aqueles que estavam de espectadores desfocando as paredes e o chão da sala, de forma a chamar a atenção de quem vê para estas imagens e, com isso, exibir as reações e o comportamento destes perante a apresentação. Ainda tive o cuidado de distorcer os rostos para não expor ninguém que não o quisesse.

O que é PERFORMANCE?


A Performance é uma modalidade de artes visuais que, assim como o happening, apresenta ligações com o teatro e, em algumas situações, com a música, poesia, o vídeo.

Difere do happening por ser mais cuidadosamente elaborada e não envolver necessariamente a participação dos espectadores. Assim, como geralmente possui um "roteiro" previamente definido, é passível de ser reproduzida fielmente, em outros momentos ou locais.

Como muitas vezes a performance é realizada para uma platéia restrita ou mesmo ausente, seu conhecimento depende de registros através de fotografias, vídeos e/ou memoriais descritivos.


O desenvolvimento da performance como modalidade artística se deu durante a década de 1960, a partir das realizações do grupo Fluxus e, muito especialmente, pelas obras do artista Joseph Beuys. Numa de suas performances, Beuys passou horas sozinho na Galeria Schmela, em Düsseldorf, com o rosto coberto de mel e folhas de ouro, carregando nos braços uma lebre morta, a quem comentava detalhes sobre as obras expostas.

Em alguns momentos, as performances de outros artistas tiveram ligação direta com as obras de body art, especialmente através dos Ativistas de Viena, no final da década de 1960.


Em alguns casos, as performances ligadas à body art se tornaram sensoriais ou até masoquistas. Chris Burden rastejou sobre um piso coberto com cacos de vidro, levou tiros e foi crucificado sobre um automóvel. Rudolf Schwarzkogler morreu em 1969 após ter amputado seu próprio pênis em um ato performático (referência do crítico Robert Hughes, citada no livro Arte Contemporânea, uma História Concisa).

quinta-feira, 13 de março de 2008

Trabalho de Informática - Análise crítica do texto de Alexandre Monteiro de Menezes

O texto de Alexandre Monteiro de Menezes ressalta a importância da informatização do ensino da arquitetura como forma de adequação desta ao mundo informatizado e globalizado em que vivemos. Preconiza que a informática auxilia no desenvolvimento de projetos arquitetônicos com mais rapidez e facilidade, além de propiciar uma melhor percepção e do objeto a ser projetado. Porém, ele também alerta para o risco de uma inibição da capacidade criativa pela padronização de recursos que estes softwares oforecem e pelas demandas do mercado. Para tanto, Monteiro de Menezes suscita o maior aproveitamento dos recursos gráficos computacionais de forma a extrapolar os comandos convencionais e proporcionar liberdade criativa e senso crítico entre os arquitetos.

Em suma, concordo com tudo o exposto por Alexandre de Menezes. Seu texto, bem escrito e elaborado, conta com pensamentos de diversos outros especialistas da área e um bom embasamento teórico adquirido através de pesquisas e experiências. Entretanto, ele peca em se esquecer de focar o lado humanístico da arquitetura.
Ao defender a constante adequação da produção arquitetônica ao desenvolvimento da computação gráfica, ele se esquece de que isto leva a um distanciamento entre o arquiteto e o espaço a ser alterado, ou seja, a arquitetura torna-se menos humana. Com a facilidade de se projetar utilizando-se de softwares e das demais ferramentas do computador, torna-se dispensável a presença física do arquiteto, perdendo-se o processo temporal de apropiação do ambiente. E como intervir em um espaço o qual não se conhece?
Também não concordo com o posicionamento de Menezes de dar infoque mais a problematização da arquitetura frente a instrumentação dos alunos aos softwares. Com isso, perde-se a função dos professores e da própria universidade de propiciadores do conhecimento, restando aos alunos recorrer a outras formas de aprendizagem externas ao ambiente acadêmico, tais como cursinhos.

Concluindo, penso que o texto apresenta uma visão que vem, convenientemente, ao encontro da opinião dos professores, de forma a pragmatizar sua forma de agir e pensar, enquanto seria de interesse de todos os alunos avaliar, também, as outras vertentes de pensamento na área.

domingo, 9 de março de 2008

Trabalho de Informática - Tipografia

O trabalho foi feito tendo como base uma citação de Oscar Niemeyer, a qual tem especial significado para mim: "Arquitetura... o importante é a vida, os amigos, este mundo injusto que devemos modificar".
A intenção de locá-la nos diversos quadrados foi aludir á prensa de tipos móveis, como se cada um destes fosse uma das inúmeras peças que formavam a máquina tipográfica. Porém cada um dos quadrados tem uma estrutura de formatação diferente com o intuito de explorar ao máximo todos os recursos disponíveis. Mas todo este ecletismo não chega a comprometer a legibilidade ou a diagramação.
Ainda como efeito, utilizei duas cores que destoam do restante, de forma a quebrar a expectativa de quem vê e impedir a monotonia. Termino com um grande ponto de exclamação, o qual expressa bem toda a excitação do trabalho de Niemeyer.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Trabalho de Informática - Word



O trabalho consiste em citações célebres de Oscar Niemeyer e frases que sustentam bem as características de sua obra. Porém, após análise, percebe-se que estas palavras não estão soltas ou avulsas; elas fazem alusão à Ponte Juscelino Kubitschek, de Brasília, obra de sua autoria e que foi eleita como a ponte mais bonita do mundo pela Sociedade de Engenharia do Estado da Pennsylvania, nos Estados Unidos. Ela é um exemplo do arrojo arquitetônico inerente ao trabalho de Oscar Niemeyer.

O nome do arquiteto está de forma a representar as colunas de sustentação da ponte; uma de suas filosofias figura como o pavimento (atenha-se que as letras estão em itálico para passar a idéia de um outro plano, como uma visão lateral); unindo estas dois elementos estão citações de Niemeyer desenpenhando a função de cabos de aço; por fim, a frase "ultrapassando fronteiras..." atua como o alicerce de toda a estrutura, além de identificar bem o espírito de inovação do arquiteto. Também percebe-se que as letras vão aumentando da esquerda para a direita de modo a passar uma noção de profundidade.

segunda-feira, 3 de março de 2008