POR UMA ARQUITETURA VIRTUAL: UMA CRÍTICA DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS
O texto de Ana Paula Baltazar atém-se na discussão de dois conceitos que são erroneamente utilizados na atualidade: o virtual e o digital, onde o primeiro representaria o universo relativístico, facultacional, enquanto o segundo figura-se como o mundo potencial, cultivável. Apesar de diferentes, eles não chegam a ser antônimos, sendo passível, inclusive, de uma cooperação entre eles. Portanto, tudo o que há, incluindo a arquitetura, é composto do embate entre estas duas idéias: o errante e o etéreo, o evento e a substância. Estes dois últimos conceitos também são introduzidos pela autora.
Após este início introdutório, Ana Paula Baltazar propõe que os programas computacionais utilizados durante o processo de construção arquitetônica pecam justamente por desconsiderar o evento, restringindo a utilização dos espaços aos padrões definidos a priori. Desta forma, a arquitetura perde todo o seu lado humanístico e passa a atender somente à demanda inflexível.
Como alternativa a esta série de eventos, a mentora da obra sustenta sua tese de "projetos virtuais", os quais consistiriam em propiciar liberdades projetivas à arquitetura. Esta nova abstração de "liberdades", apesar de não ser bem definida pela autora, pode ser compreendida como o processo temporal de apropriação do espaço, adimitindo-se a evolução arquitetônica conforme as necessidades da função e da forma.
Ana Paula ainda infere, brilhantemente, que esta inovação virtual poderia ser facilitada pelo uso das ferramentas informatizadas, explorando, de forma adequada, a precisão, facilidade e agilidade destas. Pode-se concluir, para tanto, que a relação entre substância e evento não é de exclusão ou ruptura, mas de auxílio mútuo.
Pode-se elucidar, por fim, que o desenvolvimento da arquitetura depende da capacidade criativa na utilização dos recursos que a computação gráfica oferece para despragmatizar a substância e inovar o evento.
O texto de Ana Paula Baltazar atém-se na discussão de dois conceitos que são erroneamente utilizados na atualidade: o virtual e o digital, onde o primeiro representaria o universo relativístico, facultacional, enquanto o segundo figura-se como o mundo potencial, cultivável. Apesar de diferentes, eles não chegam a ser antônimos, sendo passível, inclusive, de uma cooperação entre eles. Portanto, tudo o que há, incluindo a arquitetura, é composto do embate entre estas duas idéias: o errante e o etéreo, o evento e a substância. Estes dois últimos conceitos também são introduzidos pela autora.
Após este início introdutório, Ana Paula Baltazar propõe que os programas computacionais utilizados durante o processo de construção arquitetônica pecam justamente por desconsiderar o evento, restringindo a utilização dos espaços aos padrões definidos a priori. Desta forma, a arquitetura perde todo o seu lado humanístico e passa a atender somente à demanda inflexível.
Como alternativa a esta série de eventos, a mentora da obra sustenta sua tese de "projetos virtuais", os quais consistiriam em propiciar liberdades projetivas à arquitetura. Esta nova abstração de "liberdades", apesar de não ser bem definida pela autora, pode ser compreendida como o processo temporal de apropriação do espaço, adimitindo-se a evolução arquitetônica conforme as necessidades da função e da forma.
Ana Paula ainda infere, brilhantemente, que esta inovação virtual poderia ser facilitada pelo uso das ferramentas informatizadas, explorando, de forma adequada, a precisão, facilidade e agilidade destas. Pode-se concluir, para tanto, que a relação entre substância e evento não é de exclusão ou ruptura, mas de auxílio mútuo.
Pode-se elucidar, por fim, que o desenvolvimento da arquitetura depende da capacidade criativa na utilização dos recursos que a computação gráfica oferece para despragmatizar a substância e inovar o evento.
Um comentário:
André,
Gostei muito da sua conclusão e proposta:despragmatizar a substância e inovar o evento. Isso resume exatamente a idéia do texto. Difícil será praticar, não é mesmo!
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