quarta-feira, 26 de março de 2008

Trabalho de Informática - Photoshop 3



Mais uma vez o despragmatismo das obras arquitetônicas foi tema de mais um trabalho da disciplina de Informática. Porém, agora não estávamos mais restritos ao embiente da Escola de Arquitetura e Urbanismo. Tínhamos este mundo inteiro para refletirmos sobre a utilização virtual do espaço, como muito bem sustentaria Ana Paula Baltazar.

Partindo deste conceito, aliado às novas idéias adquiridas através da leitura do livro Lições de Arquitetura (Herman Hertzberger), decidi que iria fazer uma abordagem sobre o embate entre o espaço público e privado. Especificamente, as apropriações que transformam o espaços coletivos em individualizados.


Para tanto, trago à tona um problema comum à maioria dos grandes centros urbanos: a tensão entre o viandante motor e o motorizado. Antecipadamente, é necessário definir a diferença entre estes dois tipos de tanseuntes: o motor é aquele que se desloca por seu próprio esforço físico, trabalho motor, enquanto que o motorizado o faz com o auxílio de um meio de transporte, autos acionados por um motor à explosão. É notório que os viandantes motores necessitam de mais segurança e facilidades locomotivas, do mesmo modo que os motorizados dependem de melhor infra-estrutura viária e espaço, gerando um choque de conveniências. Portanto é estritamente importante a delimitação desses dois espaços de forma a harmonizar esta disputa.

As vias de transporte exigem planejamento que vise às necessidades da comunidade como um todo, isento de qualquer interesse particular ou discriminação. Entretanto, este caráter coletivo é ameaçado pelo modo de uso de integrantes da própria comunidade, os quais se apropriam destes espaços para finalidades específicas e individuais. Isto é demonstrado na fotografia do meu trabalho, em que as funções pré determinadas dos espaços são corrompidas: carros apoderam-se de calçadas (as quais são destinadas aos pedestres), enquanto estes últimos são obrigados a ocupar as ruas (projetadas para automóveis e demais máquinas motoras). Paradoxalmente, os motores tomam o espaço dos motorizados, e estes tomam os dos primeiros.

Outro agravante são as consequências desiguais geradas. Os pedestres estarão sempre em desvantagem, já que os automóveis irão sempre se aproveitar de seu maior poder físico para assegurar para si o uso tanto de ruas quanto de passeios públicos. As calçadas sofrem, então, um processo de desnaturalização tão intenso que ficam em iminência do colapso: o que foi concebido para acomodar e proteger caminhantes, passa agora a repeli-los, expulsá-los, desgrarnecê-los de todo o aparato de que precisam para locomover-se. É a desconstrução da Arquitetura!



*Comentando os processos de modificação da imagem: como queria dar enfoque ao espaço público da foto (a rua e a calçada), desfoquei e descolori o ambiente privado (as fachadas das residências). As cores foram abrandadas para ressaltar a arquitetura amorfa da imagem. Também acrescentei um pedestre a caminhar pela rua vazia, gerando, assim, um paradoxo. Realcei o meio-fio de um tom de vermelho bem estridente já que este é essencial na demarcação do espaço comunitário e individual. Porém, utilizei um traçado com algumas falhas para aludir a uma subversão desta diferença, como se o sítio buscasse um novo ajuste espacial.

domingo, 23 de março de 2008

Trabalho de Informática - Photoshop 2



O trabalho proposto pelos professores de Informática tinha por objetivo inserir-nos às ferramentas de modificação de imagens do Photoshop. Consistia em avaliarmos algum espaço, dentro das dependências da Escola de Arquitetura e Urbanismo, que não cumprisse com sua função a qual foi projetado para, posteriormente, modificá-lo utilizando o software em questão.

Em minha alteração, utilizei uma imagem da garagem da escola que, como percebe-se, é utilizado como um depósito. O mais irônico na fotografia é a presença de um carro, do lado de fora, barrado por uma grade de ocupar o lugar que, teoricamente, seria de direito seu. Focando-me nisto, ordenei minhas mudanças.

Queria dar mais destaque à bagunça que está entulhada e no paradoxo do carro sendo impedido de entrar. Para tanto, realcei as cores destas figuras de forma a torná-las subversivas e desconcrtantes, chegando até mesmo a incomodar quem vê. O restante descolori para que não competisse com o realçado. No mais, cobri algumas manchas e entulhos que deixavam a foto com aparência degradante.

Acredito que tenha alcançado meu objetivo.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Trabalho de Informática - Análise crítica do texto de Ana Paula Baltazar

POR UMA ARQUITETURA VIRTUAL: UMA CRÍTICA DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS

O texto de Ana Paula Baltazar atém-se na discussão de dois conceitos que são erroneamente utilizados na atualidade: o virtual e o digital, onde o primeiro representaria o universo relativístico, facultacional, enquanto o segundo figura-se como o mundo potencial, cultivável. Apesar de diferentes, eles não chegam a ser antônimos, sendo passível, inclusive, de uma cooperação entre eles. Portanto, tudo o que há, incluindo a arquitetura, é composto do embate entre estas duas idéias: o errante e o etéreo, o evento e a substância. Estes dois últimos conceitos também são introduzidos pela autora.

Após este início introdutório, Ana Paula Baltazar propõe que os programas computacionais utilizados durante o processo de construção arquitetônica pecam justamente por desconsiderar o evento, restringindo a utilização dos espaços aos padrões definidos a priori. Desta forma, a arquitetura perde todo o seu lado humanístico e passa a atender somente à demanda inflexível.

Como alternativa a esta série de eventos, a mentora da obra sustenta sua tese de "projetos virtuais", os quais consistiriam em propiciar liberdades projetivas à arquitetura. Esta nova abstração de "liberdades", apesar de não ser bem definida pela autora, pode ser compreendida como o processo temporal de apropriação do espaço, adimitindo-se a evolução arquitetônica conforme as necessidades da função e da forma.

Ana Paula ainda infere, brilhantemente, que esta inovação virtual poderia ser facilitada pelo uso das ferramentas informatizadas, explorando, de forma adequada, a precisão, facilidade e agilidade destas. Pode-se concluir, para tanto, que a relação entre substância e evento não é de exclusão ou ruptura, mas de auxílio mútuo.

Pode-se elucidar, por fim, que o desenvolvimento da arquitetura depende da capacidade criativa na utilização dos recursos que a computação gráfica oferece para despragmatizar a substância e inovar o evento.

3xn

Extasiado!

Assim estou me sentindo após visitar o site 3xn.dk . Nele é possível encontrar diversos trabalhos incríveis que levam sua assinatura, com lindíssimas fotos, descrições, informações acerca do processo projetivo e construtivo, além de informações técnicas. O site é muito bem feito, com bonito layout, afora os comandos fáceis e intuitivos que facilitam a interatividade.

As obras são igualmente belas. Percebe-se, nitidamente, a preocupação dos arquitetos em projetar ambientes que cumpram suas funções de forma prática, apostando, para tanto, em materais claros e translúcidos, com evidente valorização do visual limpo. Outras características tamém são comuns às obras do estúdio, tais como grandes fachadas completamente envidraçadas, utilização do vermelho em parte do mobiliário para contrastar com as paredes preferencialmente brancas, preocupação paisagística com valorização do verde nos espaços externos, além da eficiente iluminação.

Este site, portanto, contribui bastante para o processo de aprendizagem de futuros arquitetos por aproximar um qualificado conteúdo técnico e artístico da arquitetura ao apreciador leigo.

domingo, 16 de março de 2008

Trabalho de Informática - Photoshop

Todas as alterações feitas na foto tiveram a intenção de evidenciar os pontos que almejávamos demontrar através de nossa performance. Primeiramente, mudei as cores das imagens em gesso que eram o principal objeto de nossa atuação. Inicialmente brancas, bem como as paredes, utilizei-me do vermelho para destacá-las do restante do ambiente. Posteriormente, evidenciei as pessoas do meu grupo juntamente com aqueles que estavam de espectadores desfocando as paredes e o chão da sala, de forma a chamar a atenção de quem vê para estas imagens e, com isso, exibir as reações e o comportamento destes perante a apresentação. Ainda tive o cuidado de distorcer os rostos para não expor ninguém que não o quisesse.

O que é PERFORMANCE?


A Performance é uma modalidade de artes visuais que, assim como o happening, apresenta ligações com o teatro e, em algumas situações, com a música, poesia, o vídeo.

Difere do happening por ser mais cuidadosamente elaborada e não envolver necessariamente a participação dos espectadores. Assim, como geralmente possui um "roteiro" previamente definido, é passível de ser reproduzida fielmente, em outros momentos ou locais.

Como muitas vezes a performance é realizada para uma platéia restrita ou mesmo ausente, seu conhecimento depende de registros através de fotografias, vídeos e/ou memoriais descritivos.


O desenvolvimento da performance como modalidade artística se deu durante a década de 1960, a partir das realizações do grupo Fluxus e, muito especialmente, pelas obras do artista Joseph Beuys. Numa de suas performances, Beuys passou horas sozinho na Galeria Schmela, em Düsseldorf, com o rosto coberto de mel e folhas de ouro, carregando nos braços uma lebre morta, a quem comentava detalhes sobre as obras expostas.

Em alguns momentos, as performances de outros artistas tiveram ligação direta com as obras de body art, especialmente através dos Ativistas de Viena, no final da década de 1960.


Em alguns casos, as performances ligadas à body art se tornaram sensoriais ou até masoquistas. Chris Burden rastejou sobre um piso coberto com cacos de vidro, levou tiros e foi crucificado sobre um automóvel. Rudolf Schwarzkogler morreu em 1969 após ter amputado seu próprio pênis em um ato performático (referência do crítico Robert Hughes, citada no livro Arte Contemporânea, uma História Concisa).

quinta-feira, 13 de março de 2008

Trabalho de Informática - Análise crítica do texto de Alexandre Monteiro de Menezes

O texto de Alexandre Monteiro de Menezes ressalta a importância da informatização do ensino da arquitetura como forma de adequação desta ao mundo informatizado e globalizado em que vivemos. Preconiza que a informática auxilia no desenvolvimento de projetos arquitetônicos com mais rapidez e facilidade, além de propiciar uma melhor percepção e do objeto a ser projetado. Porém, ele também alerta para o risco de uma inibição da capacidade criativa pela padronização de recursos que estes softwares oforecem e pelas demandas do mercado. Para tanto, Monteiro de Menezes suscita o maior aproveitamento dos recursos gráficos computacionais de forma a extrapolar os comandos convencionais e proporcionar liberdade criativa e senso crítico entre os arquitetos.

Em suma, concordo com tudo o exposto por Alexandre de Menezes. Seu texto, bem escrito e elaborado, conta com pensamentos de diversos outros especialistas da área e um bom embasamento teórico adquirido através de pesquisas e experiências. Entretanto, ele peca em se esquecer de focar o lado humanístico da arquitetura.
Ao defender a constante adequação da produção arquitetônica ao desenvolvimento da computação gráfica, ele se esquece de que isto leva a um distanciamento entre o arquiteto e o espaço a ser alterado, ou seja, a arquitetura torna-se menos humana. Com a facilidade de se projetar utilizando-se de softwares e das demais ferramentas do computador, torna-se dispensável a presença física do arquiteto, perdendo-se o processo temporal de apropiação do ambiente. E como intervir em um espaço o qual não se conhece?
Também não concordo com o posicionamento de Menezes de dar infoque mais a problematização da arquitetura frente a instrumentação dos alunos aos softwares. Com isso, perde-se a função dos professores e da própria universidade de propiciadores do conhecimento, restando aos alunos recorrer a outras formas de aprendizagem externas ao ambiente acadêmico, tais como cursinhos.

Concluindo, penso que o texto apresenta uma visão que vem, convenientemente, ao encontro da opinião dos professores, de forma a pragmatizar sua forma de agir e pensar, enquanto seria de interesse de todos os alunos avaliar, também, as outras vertentes de pensamento na área.

domingo, 9 de março de 2008

Trabalho de Informática - Tipografia

O trabalho foi feito tendo como base uma citação de Oscar Niemeyer, a qual tem especial significado para mim: "Arquitetura... o importante é a vida, os amigos, este mundo injusto que devemos modificar".
A intenção de locá-la nos diversos quadrados foi aludir á prensa de tipos móveis, como se cada um destes fosse uma das inúmeras peças que formavam a máquina tipográfica. Porém cada um dos quadrados tem uma estrutura de formatação diferente com o intuito de explorar ao máximo todos os recursos disponíveis. Mas todo este ecletismo não chega a comprometer a legibilidade ou a diagramação.
Ainda como efeito, utilizei duas cores que destoam do restante, de forma a quebrar a expectativa de quem vê e impedir a monotonia. Termino com um grande ponto de exclamação, o qual expressa bem toda a excitação do trabalho de Niemeyer.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Trabalho de Informática - Word



O trabalho consiste em citações célebres de Oscar Niemeyer e frases que sustentam bem as características de sua obra. Porém, após análise, percebe-se que estas palavras não estão soltas ou avulsas; elas fazem alusão à Ponte Juscelino Kubitschek, de Brasília, obra de sua autoria e que foi eleita como a ponte mais bonita do mundo pela Sociedade de Engenharia do Estado da Pennsylvania, nos Estados Unidos. Ela é um exemplo do arrojo arquitetônico inerente ao trabalho de Oscar Niemeyer.

O nome do arquiteto está de forma a representar as colunas de sustentação da ponte; uma de suas filosofias figura como o pavimento (atenha-se que as letras estão em itálico para passar a idéia de um outro plano, como uma visão lateral); unindo estas dois elementos estão citações de Niemeyer desenpenhando a função de cabos de aço; por fim, a frase "ultrapassando fronteiras..." atua como o alicerce de toda a estrutura, além de identificar bem o espírito de inovação do arquiteto. Também percebe-se que as letras vão aumentando da esquerda para a direita de modo a passar uma noção de profundidade.

segunda-feira, 3 de março de 2008