domingo, 25 de maio de 2008
Oi Futuro
O Oi Futuro preza pela interatividade. Tanto o espaço de convivência quanto o Museu das Telecomunicações foram projetados visando a maior interação possível entre o local e o usuário. Para tanto, foram utilizados diversos recursos tecnológicos para assegurar a automação de todo o ambiente e aumentar a autonomia do visitante. Isso tudo garante uma liberdade que não se encontra nos museus convencionais. Não há nenhum itinerário pré-estabelecido o qual o espectador tenha que cumprir à risca; pelo contrário, ele pode escolher as informações à sua curiosidade, mesmo que isto corrompa com o tempo cronológico dos vídeos. Contando ainda com a arquitetura criativa e contemporânea de Gringo Cardia, o Oi Futuro é, sem dúvida, um espaço que subverte com os padrões atuais e vem a indicar um novo conceito arquitetônico!
sábado, 17 de maio de 2008
Visita ao Inhotim
O Inhotim é um centro de arte contemporânea situado em Brumadinho, Minas Gerais, em que a arte se integra à natureza exuberante do local. São cerca de 300 obras de mais de 60 artistas internacionalmente reconhecidos, entre os quais destacam-se Amilcar de Castro, Cildo Meireles, Doris Salcedo, Hélio Oiticica, Janet Cardiff, Matthew Barney, Paul McCarthy, Tunga e Vid Muniz. Os trabalhos vão desde pintura, passando pela escultura, desenho, fotografia, vídeo e instalações, que se distribuem por galerias ou pelos jardins. Parte destes, inclusive, foi projetado por Burle Marx.
É muito prazeroso vagar pelos pavilhões e contemplar a diversidade das obras expostas. A infra-estrutura do local proporciona as condições ideais para uma boa interpretação das mesmas; cada ambiente foi projetado para atender a demanda de um trabalho determinado.
Há, também, um grande compromisso com o meio-ambiente. Dos 1.200 ha de área total, 400 ha são de mata nativa preservada. Nos jardins, são mais de 1400 espécies da flora, uma das maiores coleções do Brasil.
Tudo isso faz do Inhotim um local único e referência em termos de museu de arte contemporânea!
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Neste segundo trabalho no SketchUp, foi-nos pedido que modelássemos a sensação ao analisarmos algum material do site FILE - Electronic Language International Festival.
A obra que escolhi se chama "After Image", de autoria de Sjaak de Jong, e consiste em um CD de áudio no qual há sete improvisações representando as sete cores do espectro. As primeiras improvisações são eletronicamente editadas e processadas de diversas maneiras. É incrível como se consegue reproduzir as perturbações da luz através de ondas sonoras e como é intuitivo esta associação. Pelo fato de não haver nenhuma imagem, o sentido da audição é aguçado, sendo possível ao expectador identificar com clareza a intenção de Sjaak de Jong.
Em meu trabalho, tentei provocar a mesma sensação da dedução de cores através de pequenos encalços, porém explorando imagens comuns do cotidiano.
Foi um ótimo trabalho de abstração!
A obra que escolhi se chama "After Image", de autoria de Sjaak de Jong, e consiste em um CD de áudio no qual há sete improvisações representando as sete cores do espectro. As primeiras improvisações são eletronicamente editadas e processadas de diversas maneiras. É incrível como se consegue reproduzir as perturbações da luz através de ondas sonoras e como é intuitivo esta associação. Pelo fato de não haver nenhuma imagem, o sentido da audição é aguçado, sendo possível ao expectador identificar com clareza a intenção de Sjaak de Jong.
Em meu trabalho, tentei provocar a mesma sensação da dedução de cores através de pequenos encalços, porém explorando imagens comuns do cotidiano.
Foi um ótimo trabalho de abstração!
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Modelando sensações
Este foi o primeiro trabalho realizado no SketchUp. Foi pedido que modelasse a minha sensação quando visitando o Museu de Telecomunicações/ Espaço Oi Futuro. Apesar de abstrato, este trabalho foi proveitoso por introduzir-nos aos comandos do software.
Partindo da premissa de que uma sensação é algo fantasioso e não palpável, tentei criar algo que fosse o mais disforme possível, fugindo de qualquer alusão a qualquer coisa existente. Para tanto, dei forma a um cone deturpado e com o eixo principal não perpendicular à sua base, o qual serve de suporte para uma esfera. Adentrando nesta, encontra-se outra forma de linhas descomunais em cujas faces estão estampadas diversas fotos do museu e representam todas as imagens que ficaram registradas em meu subconsciente. Penetrando ainda mais, chega-se à uma câmara escura com uma imagem de feto ao centro. Esta é, inclusive, a mensagem principal do museu: apesar de todos os recursos, as tecnologias são incapazes de suprir nossa essência humana. Então, toda evolução tecnológica é respaldo ao nosso próprio desenvolvimento, o qual se inicia antes mesmo de nacermos, e só terá validade se for destinado a este fim.
Tudo forma um conjunto de dinâmica espaço temporal bem interessante graças à oposição entre a esfera e a aresta do cone sobre a qual ela se apóia. A bola parece instável e em iminência de entrar em movimento. É como se imagem fosse uma cena momentânea de um deslocamento que já imaginamos como se iniciou e que podemos prever como se findará; é um instante infinito, um presente eterno ao qual somos impotentes. No museu temos a mesma sensação: como temos total liberdade, inclusive a de não seguirmos a sequência cronológica dos vídeos sobre a história das telecomunicações, e estamos imersos em meio a realidades que não nos pertence mais, ficamos perturbados em relação à lógica temporal (passado, presente e futuro) e espacial (aqui/agora, lá/depois); perturbação que provoca a acentuação de nossa sensibilidade. Portanto, é impossível ficar indiferente ao Espaço Oi Futuro!
terça-feira, 13 de maio de 2008
Panorama - Massimiliano Fuksas
Panorama realizado para destacar a obra do arquiteto italiano Massimiliano Fuksas.
Todas as imagens são da Feira de Exposições de Milão, obra de sua autoria, que refletem bem o espírito de ousadia de Fuksas. É impressionante como ele consegue projetar uma estrutura fixa porém que possui uma idéia de movimento tão marcante. Esta dinâmica é alcançada através de uma armação composta de diversos losangos, os quais são revestidos de duplas lâminas de vidro, e de um eficiente sistema de drenagem, impedindo que água se acumule em dias de chuva nas áreas côncovas.
É um brilhante trabalho!
30x30x30
Este trabalho da disciplina de Plástica e Expressão Gráfica consistia em representarmos, em um objeto de medidas que não ultrapassassem as dimensões de 30x30x30, a resposta que a arquitetura dá aos usuários e propor meios de acentuar interatividade.
No meu objeto, busquei sintetizar a relação particular a qual estabelecemos com nossos quartos, interação esta determinada por uma codificação espaço temporal que somente o usuário consegue decifrar.
Também problematizei o caráter público e/ou privado deste ambiente: é usualmente utilizado por um indivíduo ou grupo determinado, onde este pode expressar toda sua individualidade, que o caracteriza como domínio privado; entretanto, também sofre as influências dos demais moradores e repartições da residência, especialmente quando o usuário não se encontra presente, indicando um uso público.
Então seriam nossos quartos um mínimo de público num máximo de privado?!
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